O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação do país, fechou 2023 com alta de 4,62% e 0,56% em dezembro, divulgou ontem (11) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em comparação com 2022 (5,79%), a desaceleração da inflação foi de 1,7 pontos percentuais e ficou dentro do intervalo da meta da inflação determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), entre 1,75% e 4,75%, pela primeira vez em dois anos.
Em 2023, o grupo alimentação e bebidas registrou a menor alta desde 2017, de 1,03%, com destaque para o óleo de soja — 28% mais barato, frango em pedaços (-10,12%) e carnes (-9,37%).
O grupo transportes, que inclui combustível, passagem aérea, ônibus e táxi, respondeu por 31,6% da alta do IPCA no ano passado e subiu 7,4% nos preços.
Em dezembro, o maior aumento veio do grupo alimentação e bebidas (1,11%), frente ao mês anterior (0,63%), e exerceu o maior impacto sobre o resultado geral. Com o aumento nos preços da batata-inglesa (19,09%), do feijão-carioca (13,79%), do arroz (5,81%) e das frutas (3,37%), a alimentação no domicílio subiu 1,34%. Por outro lado, o preço do leite longa vida baixou pelo sétimo mês seguido (-1,26%).
As altas temperaturas e o aumento do volume de chuvas em diversas regiões do país influenciaram a produção de alimentos no último mês de 2023.
A alta do arroz e do feijão foi impactada pelo clima desfavorável por causa da redução da área plantada, do clima adverso e do aumento do custo de fertilizantes, de acordo com o IBGE.
A safra recorde de grãos no país e queda dos preços de commodities no mercado internacional foram decisivas para os resultados no ano passado.
Fonte: Sputnik Brasil