BRASIL ENFRENTA DESAFIO COM 1,6 MILHÃO DE CASOS DE DENGUE SÓ EM 2023

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O aumento de 16,8% nos casos prováveis de dengue em 2023 no Brasil, divulgado pelo Ministério da Saúde, alerta para a urgência de ações preventivas. Com mais de 1,6 milhão de notificações, a proliferação do mosquito Aedes aegypti durante o verão se torna um desafio significativo.

Como o uso de telas em portas e janelas, areia nos vasos de plantas e a manutenção de ambientes livres de entulhos, são cruciais, o mosquito pode depositar seus ovos em qualquer tipo de recipiente, embalagens e até no lixo descartado incorretamente. Por isso, é importante eliminar objetos com água parada independentemente da exposição ao sol. As piscinas podem se tornar criadouros potenciais, por isso é altamente recomendado que elas sejam esvaziadas quando não estiverem em uso, ou tratadas de forma adequada após as chuvas.

O controle do inseto é destacado como essencial mesmo durante o inverno, já que seus ovos podem sobreviver e retomar o desenvolvimento na primavera. Eles possuem a capacidade de permanecerem ativos por até um ano, mesmo em água suja ou em ambientes secos.

Medidas de prevenção em casa

A prevenção contra o mosquito Aedes aegypti envolve uma combinação de medidas, entre elas estão:

Eliminar criadouros de água: O Aedes aegypti se reproduz em água parada. Elimine todos os recipientes que possam acumular água, como pneus velhos, garrafas vazias, vasos de plantas, calhas entupidas, entre outros.

Manter caixas d’água fechadas: Mantenha as caixas d’água sempre limpas e devidamente fechadas para evitar a proliferação do mosquito.

Uso de telas em janelas e portas: Instale telas em janelas e portas para impedir a entrada do mosquito em ambientes internos.

Utilizar inseticidas: em spray ou difusores elétricos em áreas específicas da casa para controlar a presença de mosquitos.

Limpar regularmente a piscina: e utilizar produtos apropriados para controlar larvas de mosquitos.

Descartar corretamente o lixo: manter lixeiras tampadas e evite o acúmulo de água em recipientes descartados inadequadamente.

Medidas de proteção individuais

Além disso, o Ministério da Saúde Medidas enfatiza que a proteção individual para evitar picadas de mosquitos devem ser adotadas por viajantes e residentes em áreas de transmissão. A proteção contra picadas de mosquito é necessária principalmente ao longo do dia, pois o Aedes aegypti pica principalmente durante o dia. A pasta recomenda como medidas de proteção individual, o seguinte:

Quando possível, use roupas de manga longa e calças compridas para reduzir a exposição à picada do mosquito.

Usar repelentes à base de DEET (N-N-dietilmetatoluamida), IR3535 ou de Icaridina nas partes expostas do corpo. Também pode ser aplicado sobre as roupas. O uso deve seguir as indicações do fabricante em relação à faixa etária e à frequência de aplicação. Deve ser observada a existência de registro em órgão competente. Repelentes de insetos contendo DEET, IR3535 ou Icaridina são seguros para uso durante a gravidez, quando usados de acordo com as instruções do fabricante. Em crianças menores de 2 anos de idade, não é recomendado o uso de repelente sem orientação médica. Para crianças entre 2 e 12 anos, usar concentrações até 10% de DEET, no máximo 3 vezes ao dia;

Ações governamentais

Além dos esforços individuais, o Ministério está intensificando as ações para controlar a dengue em 2024. Um investimento de R$ 256 milhões foi repassado para estados e municípios, visando fortalecer o enfrentamento da doença. A criação da Sala Nacional de Arboviroses permitirá o monitoramento em tempo real das áreas com maior incidência, direcionando melhor as ações de vigilância.

Como estratégia adicional, o método Wolbachia está sendo expandido para diversos municípios, visando controlar o inseto Essa abordagem consiste na liberação de mosquitos infectados por uma bactéria “intracelular do gênero Wolbachia, que apenas infecta insetos, e atua bloqueando a capacidade de transmissão dos vírus da dengue, Zika e chikungunya pelo mosquito.”

Vacinação

Em uma medida estratégica para combater a crescente incidência de casos de dengue, a Saúde anunciou nesta ontem (15) que irá priorizar a imunização de crianças e adolescentes com idades entre 6 e 16 anos, com início previsto para fevereiro. A decisão segue as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização, composta por especialistas na área.

A Qdenga, vacina contra a dengue incorporada à rede pública, desenvolvida pelo laboratório japonês Takeda Pharma, é aplicada em duas doses, a cada três meses, e apresenta uma eficácia geral de 80,2%, segundo avaliação clínica. O país prevê a aquisição de 5,2 milhões de doses da Qdenga e outras 1,2 milhão de doses adicionais devem ser doadas. A expectativa é que cerca de 3,2 milhões de pessoas sejam vacinadas.

Fonte: Vermelho100100

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