BRASILEIROS PERDERAM QUASE METADE DO PODER DE COMPRA EM DEZ ANOS

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A década inaugurada simbolicamente com as manifestações do Junho de 2013 atingiu duramente o bolso dos brasileiros. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, a inflação oficial do País) disparou 88% nestes dez anos. Mas o salário médio anual dos trabalhadores cresceu apenas 3%.

Em 2013, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, o brasileiro ganhava uma média de R$ 38.484,44 por ano, na soma de salário, 13º e férias. Dez anos depois, em 2023, o valor não passava de R$ 39.604,44.

Os trabalhadores pagaram a conta de uma direita que, nesse período, não parou de recorrer a manobras e golpes. Tudo começou com a manipulação das pautas de Junho de 2013, movimento que nasceu com a defesa da revogação do aumento de tarifas no transporte. Em 2014, a reeleição legítima da presidenta Dilma Rousseff (PT) foi questionada sem provas e a operação Lava Jato começou seus ataques à soberania nacional.

Veio o Golpe de 2016, seguido pelos governos ultraliberais de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL). A economia, em meio a isso, oscilava entre estagnação e recessão. Reformas impuseram perda de direitos e retrocessos aos trabalhadores. A precarização do trabalho eliminou boa parte da renda. Daí a perda de quase metade do poder de compra neste período.

Estudo da consultoria financeira L4 Capital explica a regressão. Da renda anual média de R$ 38.484,44 em 2013, sobravam R$ 3.028,05 para o pagamento de serviços e produtos. Em 2023, com a renda média a R$ 39.604,44, restavam por mês 1.755.

Um levantamento do portal G1 mostrou que, há dez anos, era possível comprar “uma cesta de 13 produtos básicos” com R$ 100. Agora, dez anos depois, esses mesmos R$ 100 só permitem adquirir até três produtos.

Iniciativas que elevam a renda das camadas mais pobres da população estão entre as prioridades do governo Lula. Além da remodelação do Bolsa Família e da retomada da valorização do salário mínimo, o presidente acaba de anunciar uma “bolsa permanência” para estudantes do ensino médio. Nesta terça (13), o governo também informou que voltará a corrigir a tabela do imposto de renda, garantindo isenção a quem ganha até dois salários mínimos.

Fonte: Vermelho

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