A data-base dos reajustes salariais, vales refeição e alimentação, valores da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e tantos outros direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) das bancárias e bancários é somente em 1º de setembro. Mas, as entidades sindicais já estão se organizando para mobilizar a categoria para a Campanha Nacional dos Bancários 2024.
A mobilização precisa ser vista por dois enfoques: O primeiro é de organização e agitação da categoria, que é de responsabilidade das entidades de representação sindical, desde o âmbito local (os sindicatos), estaduais ou regionais (as federações) e nacional (Contraf). Mas sem a união e participação das bancárias e bancários, que é a segunda parte, as entidades podem fazer muito pouco.
Mas, para lutar pela resolução dos problemas que afligem a categoria e pela valorização do trabalho bancário, é preciso que cada trabalhadora, cada trabalhador também esteja antenado nas questões que são apresentadas pelos sindicatos e participe das atividades propostas.
Com organização, união e participação de todos somos mais fortes! E podemos alcançar grandes objetivos desta maneira.
Qual será a agenda de preparação da campanha deste ano?
O movimento sindical bancário é conhecido e respeitado, mesmo por outras categorias, pela grande organização e mobilização de suas campanhas. E isso só acontece porque todas as bancárias e todos os bancários podem participar desde a definição das prioridades e estratégias da campanha, até a aprovação final das cláusulas da Convenção Coletiva e dos acordos específicos por bancos.
Tudo começa com a Consulta Nacional à categoria. Bancários e bancárias são chamados a responder um questionário para que, a partir das respostas de cada uma e cada um, possamos definir o que será colocado na mesa de negociações com os bancos. Neste ano, a consulta deve ser iniciada por volta de abril. E é importante que todas e todos participem, mesmo que não estejam filiados ao sindicato de sua base.
Ao mesmo tempo, os sindicatos reúnem as bancárias e bancários de suas bases para, até o final de maio, debater todas as questões que envolvem a categoria, levantar propostas e eleger delegados para apresentar estas questões e defender essas propostas nas conferências regionais.
O acúmulo das propostas trazidas nos debates realizados nas bases sindicais, somado às contribuições da Consulta Nacional, será sintetizado nos encontros nacionais específicos de trabalhadores de cada banco (de 4 a 6 de junho) e na Conferência Nacional dos Bancários (de 7 a 9 de junho). Esta síntese é organizada e redigida como uma minuta de reivindicações que será entregue à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ainda em junho, para que as negociações se iniciem em julho e, se possível, a gente consiga chegar a uma proposta de acordo com os bancos antes do final de agosto.
Esta proposta é levada para aprovação pelas bancárias e bancários em assembleias em todo o Brasil e, se aprovada, seja assinada para que se torne a nova Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria.
Fonte: Contraf