DESIGUALDADE SALARIAL AINDA É ALTA ENTRE HOMENS E MULHERES

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Com a aproximação do 8 de Março, vem à tona uma série de questões que rondam o dia a dia das mulheres, principalmente no que diz respeito ao machismo, às desigualdades e à violência sofrida pela fatia feminina da sociedade. Um destes pontos é a disparidade que marca, ainda, o salário pago a mulheres e homens.

De acordo com levantamento feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), na última década, houve uma redução na diferença entre os salários pagos às mulheres e aos homens. O índice que mede a paridade salarial passou de 72 em 2013 para 78,7, em 2023. A medição foi feita com base em microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Considerando que a paridade de gênero, neste caso, é medida em uma escala de zero a 100 — sendo que quanto mais próximo de 100, maior a equidade entre mulheres e homens — é possível perceber que a luta das mulheres conquistou avanços importantes no mercado de trabalho, mas ainda falta muito para que se atinja uma igualdade real para todas as brasileiras.

Ainda segundo a pesquisa “Mulheres no Mercado de Trabalho”, a participação feminina em cargos de liderança passou de 35,7% em 2013 para 39,1% em 2023. E o índice de empregabilidade das mulheres apresentou evolução entre 2013 e 2023, passando de 62,6 para 66,6, respectivamente, crescimento de 6,4%.

Pegando o próprio caso do setor industrial, ainda conforme dados da CNI, a força de trabalho é majoritariamente masculina, com 75,1%, contra 24,9% de mulheres. Mas, de acordo com a Confederação, a participação das mulheres em cargos de liderança tem crescido no setor, saindo de 24% em 2008 para 31,8% .

Além disso, 77% das empresas do segmento dizem ter política de paridade salarial e, para 43% dos mil executivos industriais entrevistados — dos quais 40% são mulheres — esse tipo de política é o instrumento mais importante para garantir igualdade.

Mecanismos que fomentem a ocupação de mulheres em cargos de chefia também foram citados por 26% dos entrevistados, assim como a proibição de discriminação com base em gênero e qualificação voltada para desenvolvimento profissional de mulheres, que aparecem com 25% das respostas cada.

Fonte: Vermelho

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