PROFESSORES DE UNIVERSIDADES FEDERAIS INICIAM GREVE NESTA SEGUNDA, 15

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Professores de universidades, centros de educação tecnológica e institutos federais das cinco regiões do país anunciaram que entrarão em greve a partir desta segunda-feira (15). A decisão segue a demanda por um reajuste salarial de 22%, proposto para ser dividido em três parcelas anuais de 7,06%, com a primeira parcela prevista para este ano e as subsequentes para 2025 e 2026.

A greve, segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), também busca a reestruturação da carreira docente e o revogamento de medidas que consideram restritivas, implementadas nos últimos anos, que afetam direitos previdenciários e a liberdade de greve.

O governo propôs que não haverá reajuste salarial em 2024, mas sugeriu o aumento de benefícios e auxílios aos funcionários públicos, com destaque para o auxílio-alimentação, que teria um aumento de 52%, passando de R$ 658 para R$ 1.000. Além disso, os valores do auxílio-creche e do auxílio-saúde seriam reajustados em 51%. Segundo o Ministério de Gestão e Inovação, “apenas o aumento do auxílio-alimentação resultaria em ganho de renda de mais de 4,5% para mais de 200 mil servidores ativos – que são os que ganham até R$ 9 mil mensais”.

O Ministério da Educação (MEC), por sua parte, informou que continua participando ativamente das negociações com os representantes dos docentes e técnicos, através das mesas de negociação nacionais e setoriais estabelecidas pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). “O MEC vem enviando todos os esforços para buscar alternativas de valorização dos servidores da educação, atento ao diálogo franco e respeitoso com as categorias. No ano passado, o governo federal promoveu reajuste de 9% para todos os servidores”, declarou o MEC.

Ademais, o governo ofereceu dois reajustes salariais de 4,5% para 2025 e 2026, que, segundo a pasta, somados aos 9% já concedidos anteriormente, representariam uma recomposição salarial de 19%, acima da inflação projetada para o período. Essa proposta foi rejeitada pelo sindicato, que insiste em um reajuste já em 2024.

Até o momento, três instituições já paralisaram as atividades e, na segunda-feira, outras 17 entrarão em greve. Além disso, cinco instituições anunciaram indicativos de greve e outras oito estão em estado de alerta

A greve de professores segue o exemplo de movimentos anteriores de servidores técnico-administrativos em educação, que começaram em 11 de março com a participação de trabalhadores de 50 universidades e quatro institutos, também demandando a reestruturação do plano de carreira e recomposição salarial.

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior no Brasil (Andifes), que representa os dirigentes de 69 universidades e os dois centros de educação tecnológica, reforçou que “a greve é um direito constitucional garantido aos trabalhadores e as seções sindicais e os servidores têm autonomia para deliberar quanto à participação no movimento”.

Fonte: Vermelho

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