Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), anunciou ontem (19) que mantém a taxa básica de juros da economia brasileira (Selic) em 10,5% ao ano. A justificativa da autoridade monetária para a decisão é a expectativa futura de suposta tendência de aumento da inflação e de desvalorização do Real.
Altas taxas de juros afetam negativamente o governo, pois elevam os custos de pagamento dos títulos da dívida pública, diminuindo os recursos disponíveis para áreas essenciais como saúde e infraestrutura. A taxa Selic também tem impacto nos juros do sistema financeiro em geral, encarecendo o crédito para famílias e empresas. Isso leva ao aumento do endividamento e, simultaneamente, dificulta os investimentos na economia real, prejudicando a geração de novos empregos.
O mandato do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, termina em dezembro de 2024. A expectativa, portanto, é que, a partir de 2025, o nome que será indicado por Lula para assumir o cargo, esteja alinhado com o plano de governo, de retomada de investimentos em infraestrutura e na indústria nacional, e com o pleno emprego.
Fonte: Contraf