Sindicatos e federações de todo o país realizaram atividades nesta quinta-feira (1º/8), dia nacional de luta por mais saúde para os bancários. Com o tema “Não adianta negar, saúde em 1º lugar!” os dirigentes sindicais visitaram as agências para falar com os trabalhadores e à população sobre o ambiente adoecedor dos bancos, que colocam o lucro acima do bem estar dos funcionários.
A mobilização é uma resposta à Federação Nacional dos bancos (Fenaban) que, na mesa de negociação da campanha salarial 2024, tentou negar as evidências, afirmando que não há estudos que comprovem a relação entre a pressão por metas e o adoecimento mental da categoria.
Os representantes dos bancários rebateram a afirmação, mostrando os dados de diversas pesquisas com a categoria, que revelam o sofrimento no ambiente de trabalho. A mais recente delas: “Modelos de gestão e patologias do trabalho bancário”, foi realizada pela Contraf, em parceria com o Instituto de Pesquisa e Estudos sobre Trabalho da Universidade de Brasília (UnB), e entrevistou 5.800 bancários. Destes 76,5% relataram terem tido pelo menos um problema de saúde relacionado ao trabalho, no último ano; 40,2% estavam em acompanhamento psiquiátrico no momento da pesquisa e 54,5% indicaram o trabalho como principal motivo para buscar tratamento médico.
Outro dado impactante é do INSS, que mostra que os bancários respondem por cerca de 25% dos afastamentos por doenças mentais e comportamentais, mesmo representando apenas 0,8% dos trabalhadores formais do Brasil.
Com dados tão robustos, os bancos deveriam pelo menos começar a repensar os métodos de trabalho impostos aos seus funcionários. Mas, ao invés disso, preferem negar o óbvio e tentar enganar a categoria.
Só que os bancários não vão se calar e vão continuar denunciando a situação.
Fonte: Feebbase