PROPOSTA DA FENABAN: BANCÁRIOS GARANTEM AUMENTO REAL

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Depois de mais de 2 meses desde o início das negociações para renovação da CCT (Convenção Coletiva de Trabalho), a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) apresentou proposta ao Comando Nacional dos Bancários sem dividir a categoria e reajuste salarial com aumento real. A 13ª rodada, iniciada na sexta-feira, foi tensa.

Os bancos tentaram condicionar as conversas ao fim das paralisações realizadas pelos sindicatos em todo o país. Destaque para a Bahia, que fechou a regional do Bradesco em Salvador, o principal setor do banco no Estado. Após idas e vindas a rodada retomou, entrou pela madrugada, manhã e tarde de sábado.

Por fim, a Fenaban recuou da ideia de dividir a categoria e garantiu a manutenção das atuais cláusulas da CCT para 2024 e 2025. Para as cláusulas econômicas, a proposta é de reajuste de 4,64% nos salários e demais verbas, inclusive vales alimentação e refeição, auxílio creche/babá e PLR (Participação nos Lucros e Resultados) neste ano. O índice garante aumento real de 0,7%, para o INPC estimado em 3,91%. No próximo ano, o reajuste proposto é de inflação mais 0,6% de aumento real em todas as cláusulas econômicas.

O pagamento da primeira parcela da PLR seria mantido em setembro e a 13ª cesta alimentação em outubro. Inicialmente, a Fenaban queria pagar somente em dezembro. A Federação da Bahia e Sergipe votou contra a proposta. Mas, por entender que se trata de uma campanha coletiva, da importância da unidade neste momento e as dificuldades enfrentadas no processo negocial, com ameaça até de dividir a categoria, vai seguir a orientação do Comando Nacional dos Bancários pela aceitação.

 

Mais da proposta


Verba de requalificação

– Reajuste de 8%, com isso o valor passa a ser R$ 2.285,84

Piso de contínuos e pessoal da portaria

– Reajuste salarial de 15%

Combate ao assédio moral, sexual e outras formas de violência no trabalho

– Pela primeira vez, os bancos concordaram em incluir explicitamente o termo “assédio moral” nas negociações, atendendo a uma reivindicação histórica da categoria.

– Ficou estabelecida uma manifestação de repúdio contra qualquer tipo de violência no ambiente de trabalho, reforçando o compromisso com um ambiente seguro e respeitoso.

– Criação de um canal de apoio dedicado às vítimas e de um canal específico para denúncias de assédio e outras formas de violência, que incluirá atendimento às bancárias vítimas de violência doméstica.

Mulheres na tecnologia

– Devido à queda no número de mulheres na categoria, em especial devido ao avanço da tecnologia, onde elas ainda são minoria, o comando cobrou e conquistou:

– Concessão de 3.000 bolsas de curso para capacitar mulheres, pessoas trans e PCDs em programação, visando aumentar a representatividade feminina no setor tecnológico, realizado pela Progra{maria}

– Além disso, 100 bolsas serão oferecidas para programa intensivo de aprendizagem, voltado para a formação avançada de mulheres na tecnologia, realizado pela Laboratória

– Ex-bancárias poderão participar dos cursos

– As indicações para às vagas terão também a participação dos sindicatos de todo o país

Pessoas com Deficiência (PCDs)

– Concessão de abono de ausência para conserto ou reparo de próteses, garantindo que trabalhadores com deficiência possam atender às suas necessidades sem prejuízo.

Prevenção à violência contra a mulher bancária

– Implementação de um canal de apoio exclusivo e outras medidas específicas para proteger as mulheres bancárias contra violência, garantindo um ambiente de trabalho mais seguro.

Combate à violência contra a mulher na sociedade

– Os bancos se comprometem a manifestar publicamente o repúdio à violência contra a mulher, além de disseminar informações e recursos para apoiar a prevenção desse tipo de violência.

Igualdade salarial entre homens e mulheres

– Compromisso com a igualdade salarial entre gêneros

– Adesão ao Programa Empresa Cidadã, garantindo licença-maternidade de 180 dias e licença-paternidade de 20 dias

Censo da categoria 2026

– A Fenaban se comprometeu a planejar em 2025 e realizar até o final de 2026 uma nova edição do Censo da Diversidade do Setor Bancário, para mapear e promover a diversidade no setor.

Inteligência artificial e requalificação

– Iniciativas de requalificação profissional para adaptar a força de trabalho às novas demandas tecnológicas.

LGBTQIA+, com destaque para pessoas transgênero

– Os bancos reforçam seu repúdio à discriminação e garantem o uso do nome social para pessoas transgênero, antes mesmo da obtenção do registro civil, promovendo um ambiente de trabalho inclusivo.

Fonte: SBBA

 

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