O Brasil vive uma verdadeira pandemia das bets, com consequências significativas para as famílias e economia do país. As apostas esportivas já consomem 76% do que as classes D e E gastam com lazer e cultura. Nos lares mais pobres, corroem 5% do orçamento reservado à alimentação.
Com isto, o estudo da Strategy& concluiu que muitos brasileiros estão trocando a alimentação, cinema, teatro, entre outros, por jogos de azar. Entre os apostadores que desviam dinheiro das necessidades para jogar, 45% tiveram prejuízos com as plataformas.
Nos últimos cinco anos, houve crescimento acelerado e descontrolado das bets, graças a Michel Temer e Jair Bolsonaro, que, respectivamente, abriu espaço para o funcionamento legal das plataformas e não regulamentou o mercado de jogos com cota fixa.
Já a gestão do presidente Lula tenta colocar ordem no caos. Com a nova Lei 14.790/2023, as empresas que desejam operar com o setor devem se cadastrar e obter autorização do Ministério da Fazenda. A licença, válida por cinco anos, tem um custo de R$ 30 milhões. Além disso, pagarão 12% de imposto sobre o valor total das apostas e os apostadores, 15% de Imposto de Renda sobre os prêmios.
Não para por aí. A nova regra também determina restrições à publicidade, proíbe participação de menores, inadimplentes e pessoas que possam influenciar nos resultados e obriga a adoção de medidas para desestimular os palpites.
Fonte: SBBA