PROFISSIONAIS DE SAÚDE NO LÍBANO FORAM MORTOS POR ISRAEL, AFIRMA OMS

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou que pelo menos 28 médicos em serviço foram mortos no Líbano por causa das ações militares de Israel na região sul do país. A informação foi dada pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom.

“Muitos profissionais de saúde não estão se apresentando ao serviço e fugiram das áreas onde trabalham devido aos bombardeios”, afirmou o diretor em entrevista coletiva online, pedindo mais proteção para esses profissionais.

“Isso está limitando severamente o fornecimento de gerenciamento de traumas em massa e a continuidade dos serviços de saúde”, disse.

A região tem sido alvo da vingança do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e a coalizão de extrema direita que o sustenta no poder. Desde o atentado impetrado pelo Hamas no dia 7 de outubro, quando 1.200 israelenses foram assassinados, Netanyahu tem atendido o grupo ortodoxo e supremacista do Knesset (o parlamento israelense) ao bombardear diversos países da região, deixando um rastro de sangue e destruição pelo Oriente Médio.

Após liquidar toda a estrutura civil da Faixa de Gaza e deixando mais de 40 mil mortos e 100 mil feridos, Netanyahu agora passa a focar seu poderio militar no Líbano, onde atua o grupo xiita Hezbollah, pertencente ao chamado Eixo da Resistência (proxies do Irã).

Desde o 7 de outubro, o exército israleense e o grupo xiita têm trocado agressões na fronteira. Nas últimas semanas, no entanto, o conflito escalou. Quase 2 mil pessoas foram mortas, incluindo 127 crianças, e 9.384 ficaram feridas desde o início dos ataques israelenses ao Líbano no ano passado, segundo o Ministério da Saúde do país.

Planejada para esta sexta, a agência de saúde afirmou ainda que não será capaz de entregar uma grande remessa planejada de suprimentos médicos e de trauma para o país, devido a restrições de voo, acrescentou.

O representante da OMS no Líbano, o médico Abdinasir Abubakar, informou, na entrevista coletiva, que todos os profissionais de saúde mortos estavam em serviço, ajudando com os feridos.

Em declaração paralela, o ministro da Saúde libanês, Firass Abiad, informou ainda que 40 trabalhadores das equipes de ambulâncias e bombeiros foram mortos nos últimos três dias no Líbano.

Fonte: Vermelho

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