O governo Lula avança em uma proposta para taxar milionários, em busca de reverter a lógica perversa do sistema tributário brasileiro, no qual os mais ricos pagam menos impostos do que a classe trabalhadora. A criação de um imposto mínimo sobre grandes fortunas, em estudo pelo Ministério da Fazenda, propõe uma alíquota entre 12% a 15% para pessoas com renda superior a R$ 1 milhão, atingindo lucros e dividendos que hoje estão isentos.
A iniciativa é um passo ousado e necessário para corrigir décadas de injustiça fiscal. Enquanto o governo avança na promessa de elevar a faixa de isenção do imposto de renda para R$ 5 mil, garantindo alívio aos mais pobres, os super-ricos deverão contribuir proporcionalmente para o desenvolvimento do país. É um choque de realidade para aqueles que acumulam fortunas às custas de um sistema regressivo, enquanto milhões vivem com serviços públicos debilitados e oportunidades limitadas.
O Brasil, ao propor esta mudança, se alinha ao debate global sobre a taxação dos ultra-ricos. Políticas com este viés reafirmam o compromisso em combater a concentração de riqueza, tornando o sistema tributário progressivo e garantindo que os mais favorecidos cumpram sua parte na construção de um país mais justo. O recado é claro: não há democracia sólida sem justiça fiscal.
Fonte: SBBA