Como se não bastasse o histórico de exploração de funcionários e clientes, os bancos em operação no Brasil, que acumularam mais de R$ 140 bilhões em lucros no ano passado, também sobrecarregam o Estado, que deixa de investir em políticas públicas fundamentais para a redução das desigualdades e a concentração da riqueza.
O setor bancário, que tanto adoece os trabalhadores, recebe incentivos fiscais que chega a quase R$ 200 milhões por ano, aponta dados da Receita Federal. O Santander é o que mais tem isenção. Em 12 meses encerrados em setembro, o banco espanhol deixou de pagar R$ 105 milhões e ainda presta um desserviço à nação, com demissões em massa – 706 no período.
Logo atrás aparece o Bradesco, responsável pelo corte de 2.084 postos de trabalho em 12 meses e com isenção fiscal de R$ 23 milhões. Em terceiro lugar fica o Itaú, que deixou de pagar mais de R$ 50 milhões em impostos, mas desligou 334 bancários no mesmo período.
Não para por aí. O setor mais lucrativo da economia nacional também é o mais beneficiado com a Selic em nível absurdo (11,25% ao ano) do Banco Central, dificultando a retomada do crescimento e a geração de emprego e renda.
Fonte: SBBA