PRECARIZACÃO FAZ COM QUE 14% DAS PESSOAS OCUPADAS ESTEJAM NA POBREZA

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A precarização do trabalho no Brasil, impulsionada pela reforma trabalhista de 2017, segue impactando renda e condições de vida, mesmo diante de avanços econômicos recentes. Segundo a Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2024 do IBGE, a pobreza caiu para o menor nível em 12 anos, com 27,4% da população abaixo da linha da pobreza em 2023. Contudo, 14,2% dos trabalhadores ocupados ainda vivem em situação de pobreza, evidenciando que a precariedade do mercado de trabalho persiste como desafio estrutural.

O aumento da informalidade reflete esse cenário. Desde 2012, o número de trabalhadores por conta própria subiu 26,6%, enquanto o trabalho formal cresceu apenas 5,8%. A “pejotização” e a expansão de plataformas como aplicativos de transporte ilustram o avanço de modelos sem direitos trabalhistas básicos, deixando milhões mais vulneráveis

Erik Chiconelli Gomes, da USP, critica a reforma trabalhista, destacando que, em vez de gerar empregos, ela aumentou a informalidade. Dados da FGV-Ibre mostram que 19,8% dos autônomos têm variações de renda superiores a 20% de um mês para outro, contrastando com apenas 4,7% entre trabalhadores formais.

Embora o aquecimento da economia e políticas de valorização do salário mínimo tenham aliviado parte das dificuldades, os dados reforçam que gerar empregos formais e combater a precarização são essenciais para reduzir a pobreza e garantir segurança financeira aos trabalhadores brasileiros.

 

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