Uma pesquisa do Datafolha revelou o que os trabalhadores já sabiam e há muito tempo exigem: 64% dos brasileiros defendem o fim da desgastante escala de trabalho 6×1, em favor de uma jornada mais digna, de cinco dias por semana, com até oito horas diárias. Este resultado expõe a insatisfação generalizada com as condições laborais atuais e reforça a urgência de uma reforma que priorize a qualidade de vida e o bem-estar da classe trabalhadora.
O modelo 6×1, muitas vezes justificado em nome da “produtividade”, impõe uma rotina exaustiva que limita o convívio familiar, o lazer e o tempo para descanso físico e mental. Quem lucra com isso? Certamente não são os trabalhadores. Esse sistema beneficia exclusivamente as grandes empresas, que priorizam seus ganhos financeiros em detrimento da saúde e dos direitos humanos de quem realmente move a economia.
A luta sindical há décadas denuncia essa exploração velada, que mascara a precarização por trás de discursos de “eficiência”. A sociedade agora mostra que está alinhada com essa bandeira. Não se trata apenas de reduzir a jornada semanal; trata-se de repensar o modelo de trabalho como um todo, colocando a dignidade humana no centro das decisões.
Enquanto 33% ainda se opõem à mudança, é nosso papel como representantes da classe trabalhadora desmistificar os argumentos contrários, que geralmente se baseiam no medo da perda de empregos ou na suposta inviabilidade econômica. Os trabalhadores não podem continuar sendo tratados como máquinas de produção ininterrupta.
É hora de pressionarmos o Congresso e o governo para que a voz da maioria seja ouvida. A redução da jornada semanal e o fim do 6×1 são passos essenciais rumo a um Brasil mais justo e igualitário.