A política de gestão praticada pelos bancos em atividade no Brasil, baseada na imposição de metas e, consequentemente, no assédio moral, adoece milhares de trabalhadores todos os anos.
Das 8.431 denúncias registradas nos canais dos bancos no ano passado, 2.196 foram relacionadas ao assédio moral, o equivalente a 26%. Já o sexual, chegou a 476, ou seja, 5,6% do total de reclamações, apontam dados da própria Febraban (Federação Brasileira de Bancos).
Outras formas de violência somaram 5.759 casos (68,4%). Estão incluídos no segmento, agressão física, brincadeiras inadequadas, conflito de interesses, discriminação, desrespeito, intimidação, retaliação, descumprimento de normas internas, conluio, má índole/ desvio de caráter/ má-fé.
O cenário é alarmante e reafirma a necessidade de discutir mudanças na política praticada pelos bancos. O acesso aos dados estatísticos dos canais de apoio e de denúncias, com detalhes sobre os atendimentos, apurações e resoluções além da implementação dos dispositivos nos bancos que ainda não possuem estão entre as reinvindicações do Comando Nacional dos Bancários.
A lista detalhada das demandas foi apresentada à Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), na primeira negociação sobre assédio e outras formas de violência, realizada na semana passada. Os diretores do Sindicato Amarildo Menezes e da Federação Luciana Dória, marcaram presença.
Fonte: SBBA