A coordenação da representação dos empregados da Caixa Econômica Federal se reuniu com a direção do banco, ontem (22), para cobrar a suspensão das mudanças anunciadas no programa Teia (Transformação, Engajamento, Inovação e Aprendizado) e a abertura imediata de negociações sobre o futuro da iniciativa.
Criado para impulsionar a transformação digital da Caixa, o Teia passou por alterações comunicadas na semana passada durante uma live promovida pela empresa. As mudanças, no entanto, geraram preocupação entre os trabalhadores, que temem impactos negativos, especialmente para quem atua atualmente no programa.
Embora o banco tenha afirmado que não haverá perdas salariais para os empregados que retornarem às unidades de origem nem qualquer tipo de retaliação, os representantes exigem garantias formais dessas condições. Também foi solicitada uma negociação urgente sobre o Programa de Funções Gratificadas (PFG), que pode ser afetado com as alterações propostas.
A avaliação dos representantes dos empregados é de que a transformação digital é necessária e que o Teia representou um avanço importante nesse sentido. Entretanto, criticam a forma como as mudanças foram comunicadas, antes mesmo de haver definições completas sobre sua implementação. Para eles, qualquer alteração que impacte diretamente a vida e a renda dos trabalhadores deve ser discutida em mesa de negociação permanente.
Outro ponto destacado é a insatisfação com a falta de clareza e de tempo para assimilação das mudanças. A exigência é que a Caixa suspenda imediatamente o início do processo de implementação e garanta espaço para o diálogo, de forma transparente e respeitosa com os empregados.
A representação afirma que está à disposição para discutir alternativas e soluções, reforçando que o caminho do diálogo é o mais responsável diante de um processo que envolve o futuro da empresa e de seus trabalhadores. A expectativa é de que a direção da Caixa reconheça a importância da negociação coletiva para garantir estabilidade e segurança a todos os envolvidos.