Bancários do Bradesco denunciaram graves irregularidades nos exames clínicos realizados pela nova clínica credenciada pelo banco. Segundo relatos, a avaliação médica, antes detalhada e devidamente registrada nos laudos, passou a ser feita de maneira superficial, limitando-se apenas à aferição de pressão arterial, batimentos cardíacos e ausculta pulmonar.
O Atestado de Saúde Ocupacional (ASO), documento obrigatório para assegurar que o trabalhador está apto para exercer suas funções, não está sendo preenchido no momento da consulta. Questionado sobre a ausência do ASO, um médico da clínica teria afirmado que o preencheria posteriormente — uma prática irregular e que coloca em risco a segurança jurídica e a saúde do trabalhador.
Essa situação é extremamente preocupante, pois abre brechas para o banco se beneficiar em processos de demissão, alegando a aptidão do funcionário sem a devida comprovação formal e criteriosa.
Diante das denúncias, o diretor sindical cobrou a administração da agência que ligou para o RH e suspendeu os exames para a agência 239. No entanto, funcionários de outras agências da região continuam sendo submetidos aos exames na mesma clínica, expondo ainda mais trabalhadores a riscos.
O Sindicato alerta que o procedimento correto exige exames completos e a emissão imediata do ASO, devidamente preenchido e assinado no ato da avaliação. Não cumprir essas exigências é uma grave infração à legislação trabalhista e coloca em xeque a responsabilidade do banco pela saúde dos seus funcionários.
O Sindicato seguirá monitorando a situação e cobrando providências para garantir o respeito aos direitos dos trabalhadores.