As demissões realizadas pelo Itaú e o novo programa de remuneração variável, chamado de Gera, foram o centro dos debates da negociação realizada na tarde de ontem (18/05), entre a COE (Comissão de Organização dos Empregados) e a direção do banco.
Representantes da empresa apresentaram dados em que as contratações superam os desligamentos. Mas, a COE chamou atenção de que o Itaú reduz o quadro das agências e departamentos. As contratações ocorrem apenas nas áreas de tecnologia.
A política de gestão deteriora as condições de trabalho, sobretudo no atual momento, de pandemia, em que as unidades vivem lotadas. Para se ter ideia, mais de 800 bancários foram demitidos no ano passado, sob alegação de que o banco passa por um processo de modernização e automação das esteiras operacionais.
Sobre o Gera, a COE vai analisar detalhadamente as informações passadas, para discutir em outra reunião. Outro assunto debatido foi o Projeto Itaú 2030, que prevê alterações na estrutura dos cargos, com a unificação das diretorias Comercial e Operacional.
Apresentado em dezembro do ano passado e implantado inicialmente em 20 unidades, agora o banco que expandir o projeto para nove estados. A Comissão quer saber o número de envolvidos e a data de início da nova fase. (SBBA)