Bancos investem pesado em tecnologia, mas demitem

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Enquanto demitem trabalhadores e fecham agências em todo o Brasil, os bancos gastam uma boa grana com tecnologia. O investimento na área deve chegar a R$ 30 bilhões em 2022, um aumento de 11% sobre os R$ 27 bilhões dedicados em 2020. Os dados são Pesquisa Anual Sobre Uso de Tecnologia nas Empresas, da Fundação Getúlio Vargas.

Do total gasto com tecnologia no ano passado, 50% foram destinados a equipamentos, 35% a softwares e 15% a telecomunicações. Enquanto isso, as empresas precarizam as condições de trabalho nas agências e retiram direitos dos funcionários. Dão mais valor ao digital do que ao real.

Segundo a FGV, houve elevação das transações bancárias pelo celular, que somaram 50 bilhões em 2020, ante 40 bilhões em 2019. No caso do internet banking, a representatividade dos canais virtuais aumentou para 78% no ano passado e deve alcançar 82% sobre o total transacionado em dois a três anos.

Apesar do avanço da digitalização, 34 milhões de pessoas no Brasil não possuem conta bancária ou a utilizam com pouca frequência. Em muitos casos, por falta de agências, sobretudo em municípios pequenos. Com a tendência de fechamento de unidades, a situação pode piorar. Os quatro maiores bancos do país – Itaú, Bradesco, Santander e BB –, fecharam juntos 1.692 unidades e 5 mil caixas eletrônicos em 2020.

No sistema financeiro, quando se trata do quadro de pessoal, a política é de corte. Mesmo nos locais que contam com unidades bancárias, falta mão de obra. No primeiro trimestre deste ano, Itaú, Bradesco e Santander eliminaram 8.625 postos de trabalho. (SBBA)

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