Os gastos globais com ciência aumentaram 19% no mundo entre 2014 e 2018. Mesmo sem dados consolidados, a tendência foi reforçada ainda mais nos dois anos seguintes, em razão da pandemia de covid-19.
Contrariando a tendência global, a porcentagem de investimento do PIB brasileiro em ciência (1,26%) é inferior à média mundial de 1,79%. De 2014 para 2018, o país investiu porcentagem menor; 1,27% naquele ano. Os dados são do novo Relatório de Ciência da Unesco, o órgão da ONU para o progresso das ciências, educação e organização cultural.
Outro índice presente no relatório se debruça sobre a quantidade de pesquisadores atuantes nos países. Embora com número inferior de pesquisadores na média global, cientistas brasileiros destacam-se na relevância da produção. Mais de 35% dos artigos nacionais possuem coautoria e menções em outros países. A média do conjunto de nações, individualmente, é de 23,5%.
O relatório da Unesco ainda reforça a importância da ciência para o progresso da humanidade. A pandemia de covid-19 evidenciou como nunca a relevância dos estudos realizados em colaboração entre países e a necessidade de novas tecnologias de forma veloz.
Ficaram evidentes as vantagens de se ter especialistas locais para monitorar e controlar a progressão do vírus. O Brasil tem deixado a desejar neste sentido, especialmente em razão dos cortes realizados pelo governo Bolsonaro na ciência e pesquisa.
Fonte: Rede Brasil Atual