Quem viveu no Brasil antes da criação da Eletrobras deve se lembrar. Com a geração e distribuição de energia nas mãos da iniciativa privada, o país viva no escuro. Os apagões eram constantes. Essa realidade pode voltar com a privatização da estatal de energia.
Os prejuízos ao brasileiro não param por aí. Além do risco real de ter de voltar a ter um estoque de velas em casa, o cidadão ainda pode pagar muito mais caro pela energia. A estimativa é de que a conta de luz aumente 20%. Os dados são da Abrace (Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres).
Se o salário não está dando conta, imagine quando a Eletrobras estiver nas mãos da iniciativa privada. E, pelo andar da carruagem, não vai demorar. A Medida Provisória que permite a privatização da estatal passou pelo Senado e agora está novamente na Câmara dos Deputados, pois teve parte do texto modificado. A previsão é de que seja analisada já na próxima semana.
O governo Bolsonaro tem pressa, afinal outras estatais estão na fila. Além da Eletrobras, podem ser privatizados os Correios, a Petrobras e os bancos públicos, a exemplo da Caixa e do BB. Tudo o que o mercado quer.
A política entreguista foi duramente criticada. O Ouvidor Geral da Câmara Municipal de Salvador, o vereador Augusto Vasconcelos, destaca que “entregar uma empresa energética desse porte e com alcance nacional para o capital estrangeiro gera dependência. Energia tem a ver com soberania, desenvolvimento e inclusão”.
Fonte: SBBA