O 2 DE JULHO NOS INSPIRA A LUTAR
O 2 de julho para grande parte dos baianos é uma data muito importante, seja pelo apelo histórico, seja pelas festas comemorativas, ou por ser um dia de feriado.
Porém com o avanço da covid-19 no Brasil, nos resta apenas o feriado e relembrar a grande importância histórica deste evento para nosso país. Então precisamos falar sobre isso.
A história da independência da Bahia tem início em 1822, quando o rei de Portugal D. João VI, retira um brasileiro, Manoel Guimarães do comando de salvador, pondo em seu lugar um português, Madeira de Melo.
As intenções de D. João VI eram claras: aumentar seu poder político na região e retirar o poder dos Baianos. Acontece que o povo não aceitou quieto, e foi às ruas protestar, entrando em confronto com soldados de Portugal. Nesse episódio morre Joana Angélica, assassinada por soldados portugueses no convento da Lapa.
Sendo assim, meses depois, em 12 de julho corajosamente, a câmara de salvador tenta romper com Portugal, mas é impedida pelo general Madeira de Melo e suas tropas.
Dois dias depois, em Santo Amaro, os vereadores declararam D. Pedro como o defensor perpétuo do Brasil independente, o que significa não obedecer mais ao rei de Portugal. Alguns dias depois a vila de Cachoeira também adere ao movimento e rompe com Portugal, se tornando a partir de então sede do quartel general dos libertadores, e voluntários começam a surgir de vários cantos.
Os vaqueiros da cidade de Pedrão, comandados pelo padre Brayner, ficaram conhecidos pela bravura – armas de caça da Caatinga se transformaram em armas de guerra. Entre os voluntários, se destaca Maria Quitéria, que se vestiu de homem e lutou como soldado contra o domínio português.
É importante ressaltar a participação dos povos Indígenas nessa campanha por liberdade, muitos deles deram seu sangue para expulsar os homens que no passado tomaram suas terras.
Os povos originários desta terra foram homenageados pela sua bravura com um monumento erguido na Capital Baiana com a figura do caboclo em uma bela estátua.
Diante de uma história magnífica de resistência e coragem, é difícil imaginar que por mais um ano não poderemos encher as ruas para comemorar e relembrar tais feitos. Precisamos nos proteger do vírus e respeitar as medidas protetivas.
Tenhamos essa força como exemplo, para lutar contra ataques a democracia promovida por esse governo, além de genocídio promovido por negacionismo e corrupção. Estamos assistindo a episódios grotescos na imprensa e o povo está cansado.