AUTORIZAÇÃO DA CAIXA DTVM CRIA IMPACTOS NEGATIVOS

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O Banco Central autorizou o funcionamento da Caixa DTVM (Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários), o que despertou preocupação do movimento sindical para o futuro do banco público e dos programas sociais.

A Caixa Asset conta com 426 fundos e R$ 693,9 bilhões em ativos, ocupa a quarta posição das maiores administradoras de recursos financeiros do país. A prestação de serviços dos Fundos de Investimento e Carteiras Administradas representa a quarta maior receita da Caixa (mais de 9%), sendo que, entre 2016 e 2020, as receitas do segmento cresceram 33,6%. Com este volume, o banco não pode abrir mão do negócio, já que são os melhores ativos. A rentabilidade da Caixa pode ser comprometida.

O objetivo da direção da empresa é transferir os ativos da Caixa Asset nos próximos 20 dias e fazer o IPO (abertura de ações na Bolsa de Valores) já no início do ano que vem, vendendo uma das partes mais estratégicas do banco, que obteve lucro de R$ 2,1 bilhões em 2020.

A ação causará o enfraquecimento progressivo da subsidiária, que são lucrativas. As operações não só dão lucro, como garantem o equilíbrio do banco público para investir em políticas sociais e no desenvolvimento do Brasil.

O processo de criação da DTVM será nos mesmos moldes da abertura de capital da Caixa Seguridade, vendida por meio de IPO. O que tem sido promovido pela gestão de Bolsonaro é um processo de fatiamento da estatal similar ao que foi feito com a Petrobras, desvalorizando as ações do banco público, até ser vendido totalmente por um valor baixo. Desmonte.

Fonte: SBBA

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