Em agosto, o saldo de postos de trabalho nos bancos foi positivo, com a abertura de 872 vagas. O número, no entanto, não repõe nem os desligamentos feitos em um ano – entre agosto de 2020 e agosto deste ano. No período, foram cortados 9.200 empregos. Isso em plena pandemia.
A redução dos postos de trabalho nos bancos acontece há algum tempo e o sindicatos vem denunciando. Para se ter ideia, o Itaú, maior banco privado do país, demitiu, mais de 1 mil funcionários neste ano. O Bradesco fechou 9.425 vagas em 12 meses.
Os bancos públicos não ficam atrás. BB desligou cerca de 5 mil bancários por meio de reestruturação feita no início do ano. Na Caixa, o déficit de empregados é de cerca de 20 mil. A medida é parte da política que prepara as estatais para a venda.
Os bancos ganham também com a rotatividade. Além de arrancar dinheiro dos clientes com tarifas e taxas, o salário mensal médio de um bancário admitido equivale a 95,1% do de um funcionário desligado. Lucram demitindo um bancário que ganha mais e contrata um novo pagando menos.
