Os bancos se aproveitam da pandemia de Covid-19 para acelerar o processo de digitalização do sistema financeiro, reduzindo as dependências físicas, mesmo com lucro bilionário. Houve fechamento em massa de agências do início da crise sanitária até o momento. O atendimento bancário presencial foi encerrado em 89 municípios. Um grande prejuízo para trabalhadores, população e economia do país.
Levantamento do Banco Central apontou que, em agosto deste ano, 43,4% das cidades brasileiras – 2.427 – não possuíam agência, sendo que eram 2.338 em março de 2020. O argumento dos bancos é que a pandemia intensificou o aumento do uso dos canais remotos, como celular, computador e tablet. Só que as filas na porta das unidades demonstram que muitos clientes preferem o atendimento humanizado ou são pessoas de baixa renda e moradores de áreas rurais que têm menos acesso à internet e, consequentemente transações digitais.
Também houve alta na quantidade de cidades que não possuem agência nem pontos de atendimento presencial ou caixa eletrônico no mesmo período. Passou de 377 para 384. Foram fechadas, pelo menos, 2.080 unidades bancários. Eram 17.795 em agosto, contra 19.875. Enquanto lucram mais, os bancos enxugam a rede.
Por conta do fechamento de 4.752 agências desde 2016, o número de municípios sem uma agência, um ponto de atendimento ou um caixa eletrônico aumentou 9,4% no período. Ao todo, 5.309 cidades têm ao menos um correspondente bancário. De acordo com o Banco Central, 281 não possuem este tipo de atendimento e a população precisa se deslocar para outra localidade.
Fonte: SBBA