SEM APOIO DE BOLSONARO, INDÚSTRIA NACIONAL AFUNDA EM 2021
A desindustrialização da economia brasileira se agravou com o bolsonarismo e pandemia de Covid-19. Embora a crise sanitária venha refluindo nos últimos meses, a indústria nacional continua a encolher.
Ontem o IBGE divulgou os resultados industriais referentes a setembro, com queda de 0,4% em relação a agosto. É o quarto resultado negativo seguido, período no qual acumula perda de 2,6%. Sem apoio do governo Jair Bolsonaro, a indústria afunda em 2021.
O setor industrial vem claramente em trajetória descendente negativa. Na medida que vai colocando quedas em cima de quedas, o patamar vai diminuindo. A situação em produção é pior do que a de agosto. Isso fica muito evidente quando coloca a questão em termos de patamar pré-pandemia. Estamos 3,2% abaixo daquele período, avalia o IBGE, lembrando que a indústria chegou a operar 3,5% acima do patamar pré-pandemia, em janeiro de 2021.
Porém, dos nove meses de 2021, a indústria teve queda em sete deles, considerando a série com ajuste sazonal (frente ao mês anterior). As únicas exceções foram os meses de janeiro (0,2%) e maio (1,2%). Com a queda de 0,4% em setembro, há uma sequência de quatro taxas negativas, de -0,5% em junho, -1,2% em julho e -0,7% em agosto.
Das quatro grandes categorias do setor industrial pesquisadas pelo IBGE, três estão abaixo do patamar pré-pandemia, segundo os resultados da PIM-PF. Na média da indústria, o nível de setembro de 2021 está 3,2% abaixo de fevereiro de 2020.
O patamar de produção de bens duráveis está 21,8% abaixo de fevereiro de 2020. Também está no campo negativo o patamar de bens semi e não duráveis, 6% abaixo de fevereiro de 2020. No caso de bens intermediários, a distância é inferior e o nível de produção de setembro de 2021 está 0,1% abaixo de fevereiro de 2020.
Entre os 26 ramos pesquisados, a grande maioria (17) mostra patamar de produção inferior ao de antes do início da crise sanitária no país.
O resultado de setembro foi também a maior redução na série histórica da pesquisa desde junho de 2020, quando tinha sido de -8,7%. O resultado reflete a base de comparação elevada e a perda do dinamismo da indústria observado ao longo de 2021.
Fonte: Vermelho