Sem cumprir a promessa de gerar 6 milhões de empregos em até uma década e 2 milhões nos dois primeiros anos, a herança dos quatro anos da reforma trabalhista é de perda de direitos e desemprego. Antes da mudança na legislação, em meados de 2017, a taxa de desocupação no Brasil era de 12,6%. Dois anos depois, em 2019, e portanto antes da pandemia, estava em 11,8%.
Neste ano, a situação piorou e o povo viu o desemprego disparar, chegando a 14,7%. Com a crise sanitária e o descaso do governo Bolsonaro, o mercado de trabalho piorou e mais de 15 milhões de brasileiros estão sem trabalhar.
Segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), foram fechadas 20,8 mil vagas com carteira assinada em 2017. Outra mudança foi a queda no número de novos processos trabalhistas, redução de 19% – de 3,966 milhões, em 2017, para 3,222 milhões em 2018. Neste ano, até outubro, foram 2,202 milhões processos.
Os sindicatos também foram atingidos pela reforma trabalhista. Para manter a estrutura de luta das entidades em defesa dos empregados, antes da nova legislação existia o recolhimento obrigatório equivalente a um dia de trabalho. Depois, o pagamento deixou de ser compulsório e a arrecadação chegou a 88% nos primeiros seis meses após a reforma.
Fonte: SBBA