Nas últimas semanas têm sido noticiadas a criação e abertura de capital do banco digital da Caixa. O presidente da instituição financeira, Pedro Guimarães, já confirmou a atrocidade. Apesar de ter afirmado haver conversa inicial com o Conselho Administração, a história parece não ser bem assim.
De acordo com a conselheira Rita Serrano, o projeto ainda não chegou ao órgão para ser discutido. Ela considera um absurdo que a criação de uma nova subsidiária esteja sendo tratada como um fato consumado, sem que os órgãos de governança interna do banco tenham discutido, aprovado ou rejeitado o projeto.
O banco digital foi desenvolvido em tempo recorde para atender o auxílio emergencial na pandemia de Covid-19. O sistema foi responsável pela criação de 105 milhões de poupanças digitais para o pagamento do benefício, que socorreu milhares de brasileiros.
Agora, a Caixa quer formalizar o banco digital, abrir o capital e viabilizar a privatização, como idealiza a equipe econômica de Bolsonaro, que liquida a cada dia mais o patrimônio público.
A criação de subsidiárias para futuro IPO (abertura de capital) é uma forma de vender o banco aos poucos, já que para privatizar a Caixa por completo teria de passar Congresso Nacional, onde encontraria resistência. A população brasileira já mostrou que é contra a venda e segue em defesa dos bancos públicos. (SBBA)