Em meio a uma pandemia do novo coronavírus, qualquer governo sério investiria no fortalecimento do Sistema Único de Saúde. Bolsonaro faz justamente o contrário. Pretende retirar R$ 35 bilhões do orçamento do SUS em 2021. A previsão para o próximo ano é de sobrecarga no SUS por conta da demanda reprimida de 2020. Além do mais, a pandemia não tem previsão de término. Os casos de Covid-19 devem seguir, assim como os tratamentos para a recuperação da doença, que tem deixado sequelas em parte da população. Outro fator que deixa claro a necessidade de recursos é a própria elaboração de um plano de vacinação que alcance toda a sociedade. Diante da grave situação, a sociedade precisa se mover. O SUS segue sem investimentos necessários desde a promulgação da Emenda Constitucional (EC) 95 do Teto de Gastos, aprovada no governo de Michel Temer. Se houver mais corte, o desmonte será aprofundado, prejudicando ainda mais a população. Para impedir o absurdo, a Frente pela Vida, que reúne organizações de saúde, ciência e tecnologia, comunicação, educação e da sociedade civil lança no próximo dia 15, às 14h, a campanha nacional “O Brasil precisa do SUS”. Um ato político vai marcar a véspera da votação da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias). Vale lembrar que uma petição pública do CNS (Conselho Nacional de Saúde), que já conta com mais de 560 mil assinaturas, exige a manutenção do piso emergencial da saúde no orçamento do SUS, em pelo menos R$ 168 bilhões.
