Como reflexo da política ultraliberal do governo Bolsonaro, o percentual de famílias com dívidas e contas em atraso apresentou o maior patamar desde março de 2010. Com o custo de vida nas alturas, os brasileiros estão com sérias dificuldades para manter as contas básicas em dia. Milhões têm dificuldade até para fazer o mercado do mês e se alimentar adequadamente.
A inadimplência alcançou 27% dos lares em fevereiro, alta de 0,6 ponto percentual, aponta a Peic (Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor). É o pior mês nos últimos 12 anos.
A parcela que não tem condições de pagar as contas ou dívidas em atraso e, portanto, permanecerá inadimplente, chegou a 10,5%. Também houve crescimento das famílias que relataram ter dívidas a vencer, como cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado. O índice chegou a 76,6% em fevereiro. Há um ano, a proporção de endividados era de 66,7%.
A situação tende a piorar, já que segundo os especialistas, a inflação ainda deve subir este ano, com a recuperação lenta da economia, e sem geração de empregos