CORTE DA POLÍTICA DE CISTERNA AFETA MAIS AGRICULTORAS

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O governo Bolsonaro despreza as diretrizes que beneficiam a população do campo, como a da ONU (Organização das Nações Unidas) que preconiza o acesso à água e ao saneamento como item básico dos direitos humanos. O resultado da negligência são os cortes na política de cisternas, que afeta ainda mais as mulheres camponesas.
Criado em 2003, o P1MC (Programa Um Milhão de Cisternas) garante a construção de reservatórios para captar e reservar a água das chuvas, com o objetivo de garantir à população água potável para uso doméstico e produção de alimentos durante os meses de estiagem.
Desde o lançamento, foram construídas 1,3 milhão de cisternas e outras estruturas de reservatório, ajudando a abastecer a residência de cerca de 5 milhões de pessoas.

No entanto, a gestão de Bolsonaro tem feito cortes no programa, impossibilitando o acesso à água a milhares de famílias sem cisterna no quintal de casa. Em 2020, por exemplo, foram construídas apenas 8 mil, segundo o Ministério da Cidadania.
Os cortes atingem em cheio as mulheres agricultoras, que utilizam a água para dar banho nos filhos, lavar roupa e os pratos, cuidar da casa, além de gerir hortas e pequenas plantações. De acordo com a ASA (Articulação Semiárido Brasileiro), cerca de 350 mil famílias aguardam a construção de cisternas e mais de 800 mil precisam do equipamento para a produção de alimentos e criação de animais.

Fonte: SBBA

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