Milhares de trabalhadores e trabalhadoras foram às ruas do país neste domingo (1º) protestar contra o desemprego, a fome, a miséria, a inflação e o arrocho salarial. Os discursos foram unânimes em todas as cidades: é preciso dar um basta no governo de Jair Bolsonaro (PL), responsável por todas as tragédias do povo e se unir para impedir sua reeleição, cada vez mais dificil segundo as pesquisas de intenção de votos que colocam o ex-presidente Lula na lliderança pela presidência da República nas eleições de outubro deste ano.
O 1° de Maio de 2022 se pudesse ser descrito com apenas uma palavra, seria “esperança”. Milhares de pessoas se reuniram na capital paulista, num grande ato político e cultural, para renovar a esperança e sair de lá com uma missão muito importante: a missão de trabalhar para recuperar e reconstruir o Brasil.
No país onde mais de 12 milhões de pessoas estão desempregadas, 4 milhões em desalento, e metade da população em insegurança alimentar, o Dia do Trabalhador e da Trabalhadora teve como lema “emprego, direitos e vida”.
O presidente da CTB, Adilson Araújo, foi incisivo em sua crítica a Jair Bolsonaro, que deixou mais de 660 mil pessoas morrerem pela Covid-19, sem fazer nada para amenizar o impacto da pandemia e sem dar garantias de qualidade de vida ao povo brasileiro.
“O povo está passando fome, o Unibanco, o Bradesco, o Santander e o Banco do Brasil bateram recorde de lucro ano passado auferindo quase 82 bilhões de reais. Quando essa turma faz assim [arminha com a mão], não é o rico que vai sofrer. É você que já não consegue mais, com um salário-mínimo, comprar um botijão de gás por até 160 reais. É muita gente que não consegue mais tirar o carro da garagem porque eles entregam nosso petróleo para os Estados Unidos refinar, e a gente aqui paga 8 reais a gasolina. E essa turma não tem limite. Esse governo está saqueando o país”, denunciou o dirigente sindical.
Em clima de luta e esperança, Adilson encerrou sua fala com uma música “O desemprego dói, destrói, desespera. A fome dói, destrói, desespera. Eu não aguento mais sofrer tanto assim, eu quero Bolsonaro bem longe, bem longe daqui”.
E convocou os trabalhadores e as trabalhadoras para a missão de transformar a realidade do país: “Nós podemos mudar isso tudo. E para mudar, temos que sair daqui hoje convencidos de que nós seremos cabos eleitorais de um projeto político de mudanças. O presidente tem nome”. Ao chamado, teve como resposta uma multidão cantando “Olê, olê, olê, olá, Lula, Lula”.
E o chamado foi ouvido pelo próprio ex-presidente que estava no palco e garantiu que, assim que eleito, os trabalhadores estarão incluídos no projeto de reconstrução do Brasil.
“Se preparem porque alguém melhor do que esse presidente vai ganhar as eleições.
Aí ao invés de ficar xingando o presidente na rua, vocês vão ser convidados para sentar numa mesa de negociação pra gente reestabelecer as condições de trabalho e o respeito aos direitos dos trabalhadores.
Para a gente discutir com seriedade a questão da aposentadoria e dos benefícios dos trabalhadores e para a gente discutir com muito carinho a política de Saúde”.
Lula foi incisivo ao dizer que os desafios em 2023 serão imensos: “Nós vamos pegar um país destruído, mas eu tenho certeza que da mesma forma que vocês ajudaram a gente construir o Brasil, nós vamos fazer agora de novo. Nós estamos precisando de emprego bem remunerado, ganhar um salário decente, a gente precisa voltar a ter casa para o povo pobre, financiar mais casa para gerar mais emprego.
A gente tem que voltar e recuperar a nossa Petrobras, a não pode deixar privatizar a Eletrobras”, garantiu.
Fonte: CTB Nacional