O programa Recomece, do Itaú, foi apresentado ao GT (Grupo de Trabalho) de Saúde, na última quinta-feira (05/05). O programa é destinado a todos os funcionários aptos a voltar ao trabalho, afastados por problemas de saúde, mas necessitam de um retorno gradual.
Os trabalhadores que ficaram mais de 180 dias afastados entram automaticamente, e os que ficaram em um período menor, só entram após indicação médica. A validade do Recomece é de 15 dias e pode ser ampliada a 30 dias, feito com acompanhamento do banco, orientado por uma assistente social e também um tutor, que pode ser o próprio gestor do trabalhador.
A crítica realizada pelo GT de Saúde durante a apresentação foi a redução do prazo de seis meses a um ano, como previsto na CCT (Convenção Coletiva de Trabalho), para 15 a 30 dias no programa do banco. Os membros que representam os trabalhadores argumentaram que as negociações ainda estão em curso sobre o programa, previsto na cláusula 43 da Convenção, sem contar que a redução deve ser sempre avaliada por um médico assistente.
Os bancários já estão sobrecarregados pelas metas absurdas, e agora terão uma tarefa a mais, já que era responsabilidade da medicina ocupacional do banco realizar o acompanhamento. Para o GT, em situações que a doença for causada por problemas de gestão, a figura do gestor como responsável pela readaptação não é a melhor escolha.
PDV
Outra pauta denunciada pelo GT de Saúde é o assédio informado pelos trabalhadores elegíveis ao PDV (Programa de Desligamento Voluntário).
A adesão deveria ser voluntária, entretanto há denúncias de constrangimento para que os trabalhadores entrem no programa. O Itaú somente informou que não concorda com tais práticas, sem nenhuma ação para coibir o fato.
Fonte: SBBA