No Brasil, a população tenta driblar o desemprego como pode. Com mais de 12 milhões de pessoas de fora do mercado, o trabalho por conta própria, ou bico, cresceu e ficou mais precarizado durante a pandemia de Covid-19, aponta o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
No fim de 2021, o índice de ocupado era 0,2% maior do que no fim de 2019, enquanto o de trabalhadores por conta própria disparou 6,6% no período. A renda está 31% menor em comparação a quem iniciou o trabalho antes da pandemia. O rendimento caiu de R$ 2.074,00 para R$ 1.434,00.
Tem mais. A maioria dos trabalhadores por conta própria não tem proteção social. A falta de contribuição para a Previdência afeta três em cada quatro pessoas, o que significa que só 12,7% conseguem pagar o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), para ter alguma segurança com a aposentadoria e outros benefícios.
Além disso, a ocupação por conta própria aumentou entre os menos qualificados como trabalhadores dos serviços, vendedores dos comércios e mercados, que representam 34,5%. Já os técnicos e profissionais têm o menor índice de ocupação, atingindo 4,7%.
Fonte: SBBA