Brasil perde três milhões de trabalhadores formais

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A reforma trabalhista, aprovada em 2017, mudou a vida dos brasileiros para muito pior. Ao invés de gerar os 6 milhões de empregos prometidos pelo governo Temer, a medida deteriorou as relações de trabalho, deixou os profissionais vulneráveis e fez despencar os postos de trabalho com carteira assinada. Situação agravada com a política ultraliberal do governo Bolsonaro.

Entre os anos de 2014 e 2022 o número de trabalhadores formais caiu em 2,8 milhões. A participação desta modalidade no total da população ocupada no setor privado ficou em 38,1% no 1º trimestre de 2022. Bem distante do pico de 43% alcançado em 2014.
Consequentemente, o desemprego disparou. Hoje quase 12 milhões de pessoas estão em busca de colocação no mercado. Sem perspectiva, milhões de pessoas têm de fazer “bico” para sobreviver. O trabalho por conta própria ou sem registro em carteira aumentou em 6,3 milhões em 8 anos, segundo levantamento da LCA Consultores, feito a partir da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra a Domicílio) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Em números, 36,3 milhões de pessoas trabalham com carteira assinada no país. Em 2014 eram 39,1 milhões. Já os trabalhadores por conta própria ou sem carteira saltou para 37,5 milhões. Mais da metade do total de ocupados do país.

Além da reforma trabalhista, o avanço da política ultraliberal promovido pelo governo Bolsonaro impede a retomada do crescimento com geração plena de emprego. Na prática, aumentou a crise econômica, fez a inflação disparar desgovernada, assim como o custo de vida. O rendimento dos brasileiros também encolheu.

A renda média do trabalhador no Brasil foi de R$ 2.467,00 em março, 8,7% menor que o de um ano antes. Já os profissionais que fazem bico não têm uma remuneração fixa, além de perder direitos, como 13º salário, férias e o depósito mensal de FGTS (8% do valor do salário).

Fonte: SBBA

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