Os cerca de 12 milhões de pessoas sem trabalhar no país e as 38 milhões que fazem bico para sobreviver no Brasil, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), são suficientes para confirmar o estudo do Centro de Pesquisa em Macroeconomia das Desigualdades, da Universidade de São Paulo. A reforma trabalhista, aprovada em 2017, não teve “impacto significativo” na evolução da taxa de desemprego.
Além de não ter gerado entre 2 e 6 milhões de empregos como prometeu Michel Temer para convencer a sociedade de que a nova lei trabalhista seria um bom negócio, só resultou em aumento da precarização dos direitos. O estudo comparou a taxa de desemprego do Brasil com a de 11 países da América Latina e Caribe que não enfrentaram mudanças nas leis trabalhistas no mesmo período.
Os pesquisadores combinaram ainda a taxa de desemprego e outras variáveis econômicas, como alta do PIB, inflação, câmbio e juros. Também analisaram que a reforma afetou outros aspectos trabalhistas, com destaque para os problemas de informalidade e rotatividade que geram baixa produtividade no mercado de trabalho no país, além da desigualdade da renda. Não trouxe nada de bom.