Pesquisa feita pela Unicamp mostra que o trabalho presencial aumenta, sim, a possibilidade de contaminação pela Covid-19. O resultado contraria a afirmação dos bancos de que a categoria se contaminava em casa. Entre os bancários que responderam ao estudo e tiveram a doença, 64,9% estavam em trabalho presencial, 24% no remoto e 9% no sistema híbrido.
O levantamento ainda aponta que 74% dos bancários contaminados pela Covid trabalham com atendimento ao público e 25% em áreas administrativas. No total, 17% foram hospitalizados com caso grave, e alguns foram para a UTI. O mais grave é que o índice de reinfecção é de quase 10% entre a categoria.
As sequelas – cansaço, fadiga, perda de memória, sintomas depressivos e sonolência – ainda são sentidas após seis meses do contágio. Apenas 20% não sentiram nada depois de curados. Quase 60% reclamam de cansaço e metade afirma ter depressão, 54% declaram ter pânico às vezes e 47% raramente se sentem alegres no trabalho.
Outra pesquisa do Ministério Público do Trabalho revela que 74,2% trabalharam com um colega que se infectou com a Covid ou outra doença. Somente 29% dos bancários afirmaram que os infectados foram imediatamente afastados. Os dados foram apresentados no Encontro Nacional de Saúde do Banco do Brasil, no sábado (27/11).
Fonte: SBBA