Graças ao empenho dos sindicatos, a CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) dos bancários é referência na discussão de gênero, apesar da forte resistência dos bancos. Uma importante conquista foi a inclusão no acordo coletivo de uma cláusula que trata especificamente do combate à violência doméstica. A CCT prevê ainda instalação de canais contra o assédio sexual no trabalho.
Os bancos devem promover programa de atendimento às vítimas de violência e se responsabilizar por um programa de formação para combater o assédio. Outra importante iniciativa dos sindicatos é o Censo da Diversidade. O objetivo é fazer um “Raio x” do cenário, para com dados, cobrar igualdade às empresas. É assim que o movimento sindical reivindica a necessidade de acabar com a desigualdade entre homens e mulheres no setor.
A diferença na remuneração é um dos pontos. Embora as mulheres sejam 48% da categoria, o salário médio delas é, em média, 22% inferior ao dos homens. No recorte racial, a discriminação é escancarada. A bancária preta recebe, em média, 40,6% a menos do que o trabalhador branco do sexo masculino. As mulheres também são minoria (46,5%) em cargos de liderança. Os homens são 53,5%.
TI
Neste ano, o movimento sindical também cobrou igualdade entre homens e mulheres em áreas da TI (Tecnologia da Informação). O sexo masculino foi favorecido em 2022 com a abertura de 3.933 vagas. Já as mulheres foram as mais demitidas, corte de 1.106 postos de trabalho. Para piorar, as admissões de mulheres foram 19,1% menores do que a dos homens. Resultado: apesar do aumento de 70,4% de profissionais da TI contratados pelos bancos entre 2012 e 2021, a proporção de mulheres na área caiu de 31,9% para 24,9% no mesmo período.
Fonte: SBBA