É irônico que o Itaú, maior banco privado do Brasil, seja a empresa com a maior remuneração para um CEO (Chief Executive Officer) no país, enquanto seus funcionários enfrentam precarização, demissões, assédio, terceirizações e um ambiente de trabalho tóxico.
Em 2023, Milton Maluhy Filho recebeu a quantia milionária de R$ 67.705.174,00, segundo dados fornecidos pelas próprias companhias à CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
A remuneração do CEO vai além do salário fixo, incluindo bônus, participação nos lucros, ações e até um pagamento antecipado referente à chamada “quarentena”, período em que o executivo fica impedido de atuar em empresas concorrentes caso deixe o cargo.
O lucro do Itaú disparou em 2024, chegando a R$ 41,403 bilhões, um crescimento de 16,2% em relação a 2023. Esse aumento, no entanto, ocorreu às custas da saúde física e mental dos funcionários e do fechamento de 219 agências no último ano. Além disso, o banco figura entre as empresas com mais reclamações no Banco Central, totalizando 4.066 queixas registradas em 2023.
Além do CEO do Itaú, o presidente do Santander ocupa a 12ª posição entre os 20 maiores salários do país, seguido pelo do Bradesco, na 13ª colocação.
Fonte: SBBA